Hoje eu vou gritar tudo que eu sinto à tudo que me incomoda, sim, de uma vez só! Vou juntar meu coração, reorganizá-lo, coformá-lo e vou colocá-lo em seu lugar, onde por tempos um vazio habitou. Só por hoje não vou ligar a televisão, nem ler os jornais; quero me alienar.
Não abra em minha presença o baú com as coisas que eu disse ontem, não refresque minha memória, não espere nada de mim, não anceie, receie! Vou viver só de presente. Só por hoje vou ser mais errante, vou ser tão feliz quanto penso que sou... Todo mundo nasce feliz mas, depois esconde a felicidade, por medo de perder, e aí esquece onde a colocou.
Vou fazer da vida uma festa e da festa a minha vida. Só por hoje convidarei a criança que ficou dentro de mim, para tomar o chá das cinco e para que o adulto, que ainda não existe, tarde a chegar. Só por hoje vou me permitir: quero cantar a música do infinito e viver de coisas que nem eu acredito. Só por hoje, e se tudo der certo, amanhã também.
(Readaptação de um texto de julho de 2007)
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